Atividades

- Palestras – Com temas plásticos para adequar ao tipo de publico e interesses específicos. Demonstrando também a conexão com outras áreas do conhecimento.

- Demonstrações com práticas e experimentos - Aproximação de teoria e prática, tornando conceitos e idéias em noções mais concretas e palpáveis.

- Resgate da sensibilidade em relação à natureza

- Construção da noção de interdependência dos processos cíclicos do meio e de auto-inserção no ambiente natural e conseqüente valorização de relações de apoio mútuo e reciclagem

- Ser humano enquanto fauna e sua relação com o resto desta; biocentrismo; tráfico e exploração de animais.

- Sustentabilidade

- Teatros ecológicos ( faixa etária mais jovem).

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Falso moralismo das empresas



É notório em todos os âmbitos das grandes industrias, a inserção de produtos VERDES, fazendo com que essas empresas ECOLOGICAMENTE CORRETAS ganhem, pra alguns, o título de empresas do BEM. Mas será que elas estão mesmo se preocupando com o meio ambiente? De certa maneira sim, o meio ambiente o qual estamos inseridos também é benefíciado com os “atos benevolentes” provindos desses grandes empreendedores tão “misericordiosos”. Mas será que eles fazem esses atos sustentáveis pelo bem da natureza ou por ser uma estratégia de marketing para a empresa?
Vejamos o significado e a importância do selo ISO 14001 para a empresa. A sigla ISO refere à Internacional Organization for Standardization, ou seja, Organização Internacional de Normalização, organização não-governamental presente em mais de 157 países. Sua função é estabelecer diretrizes sobre à área de gestão ambiental para as empresas. Ela atesta a responsabilidade ambiental no desenvolvimento das atividades da empresa.
Então qual seriam as vantagens para a empresa obter um selo ISO 14001?
-Para começar, a empresa terá menos gastos para a confecção de seus produtos. Pois nos produtos ecologicamente corretos ocorre uma diminuição da matéria-prima utilizada nas embalagens, reduzindo-as; utilização de materias alternativos mais baratos; ou mesmo o reaproveitamento das mesmas, como por exemplo a pápel reciclado.
Embalagens menores custam menos pra ser produzidas, a viabilidade para transportar as embalagens menores é maior, já que podem ser transportados um maior valor de produtos em um só veículo .
O Meio Ambiente agradece, já que embalagens menores levam menos tempo pra se decompor, a reutilização de materiais reciclados não necessitaria de uma maior extração de matéria-prima, somado ao transporte dos produtos, que sendo necessário a realização de uma menor quantidade de viagens para reabastecimento dos produtos, há uma diminuição na quantidade de carbono atmosférico emitido.
Além disso, as empresa são reconhecidas pelos seus clientes, aumentando, portanto, sua credibilidade e competitividade, pois se os benefícios ambientais e seus lucros aumentam, as partes interessadas verão os benefícios.
Então será mesmo que as empresas “ecologicamente corretas” visam a preservação do meio ambiente ou a preservação dos seus lucros?



Mas por quê então, sendo essas medidas tão mais econômicas e vantajosas para as próprias empresas, não foram adotadas independente do surgimento do ISO14001? Em marketing, o investimento em atratividade estética e apelo visual em propagandas é tão forte quanto, ou talvez mais, do que a preocupação em expor uma “responsabilidade ética”. Você nunca se perguntou por que as embalagens dos produtos são frequentemente muito maiores do que o necessário? Embalagens de produtos de beleza como rímel e máscara que poderiam comportar o lote inteiro ao invés de apenas uma unidade? Ou o saco de batatas chips de marcas famosas, que apesar de ser coerente na indicação de peso líquido nos vende uma imagem falsa da real quantidade de batatinhas em seu interior? Bem, é por que a questão aqui é o “território na prateleira”. A decisão quanto ao tamanho das embalagens leva em consideração a representatividade que o produto vai alcançar (e consequentemente sua marca) em um prateleira ao dividir espaço com outros produtos de outras empresas. Quanto mais espaço ocupar, mais atenção vai sugar de um consumidor que olha para uma prateleira. Aqui, mais uma vez, a lógica de mercado nos impõe uma lógica nociva e danosa. Com o surgimento do atual discurso de conscientização ambiental na mídia (algo que, não se engane, não foi alcançado e abraçado com facilidade, e sim fruto de um esforço de décadas), de repente, lentamente, passa a surgir no consumidor um novo ponto de preocupação e ponderamento, reflexo do surgimento do discurso pelo consumo consciente. Agora, um ponto ético, por mais que ainda superficial, passa a figurar no leque de questões a serem indagadas pelo indivíduo no momento da compra. As empresas, então, sentem-se à vontade para substituir o “território na prateleira” (mas não as questões subjetivas antes atingidas por essa tática) pela “responsabilidade ecológica”. Que bonito.
A indústria do marketing é nada mais do que uma indústria prostituída. Se algum discurso deturpado convencesse a população de que é interessante que seus alimenos venham embalados em fezes, o marketing permitiria a concretização de tal preocupação. No entanto, o marketing também tem o poder de gerar e tornar aceito um interesse específico entre seus consumidores. Isso foi feito com o cigarro e o público feminino, onde se associava o charme e elegância ao consumo de cigarro. E essa prática vem sendo feita doentiamente desde que Edward Bernays, sobrinho norte-americano de Freud, adaptou os estudos e teorias de seu tio ao pensamento publicitário. Esse assunto é longo e denso, não vou me aprofundar aqui, mas não é difícil encontrar material à respeito na internet. Se interessar, existe uma séria da BBC chamada Century of the Self* que está disponível na internet.

*Download Century of the Self:
http://thepiratebay.org/torrent/3908833/The_Century_Of_The_Self_%28BBC_Doc%29

Legenda:
http://www.opensubtitles.org/pb/subtitles/3664661/the-century-of-the-self-pb

O arquivo para download é em torrent. Baixe o programa para download de torrents aqui:

Um comentário: